Como acontece em muitos cursos de Jornalismo, o projeto político pedagógico da UNIR prevê a realização de uma Semana Acadêmica anual voltada para os/as alunos/as, em que eles/elas têm contato mais de perto com o mercado, a prática profissional e as discussões mais quentes da profissão.
Neste ano, uma comissão foi incumbida desta missão. Mas, imbuída dos bons ventos que trouxeram o curso de Vilhena para o campus de Porto Velho, essa tripulação percebeu que era necessário mais que uma Semana Acadêmica convencional, já que o mercado de Comunicação em Rondônia, embora já consolidado, ainda apresenta inúmeras possibilidades de incursões, aventuras e descobertas. Assim, a equipe se perguntou: e se formos além? Como mar (e, no nosso caso, rio) calmo não faz bom marinheiro, o desafio foi aceito e o que era para ser um evento do curso se transformou no I Colóquio de Comunicação e Cultura na Amazônia, o CANOAR. Durante seis dias de viagem, a proposta é constituir um evento regional que possibilite a interação e as discussões em Comunicação em Rondônia e que tenha a participação de estudantes de graduação da área de Jornalismo e Comunicação, pesquisadoras/es e profissionais que participam, produzem, problematizam e se interessam pelo tema geral “Jornalismo, Democracia e Desigualdade”.
Isso porque o curso das águas pelas quais transitam os fluxos comunicacionais tem se tornado cada vez mais sinuoso, capilarizado, com afluentes caudalosos, ora secos em face das constantes transformações pelas quais passam a sociedade. E não há como negar: se a Comunicação afeta a sociedade, a sociedade também impacta as comunicações entre os seres humanos - sejam tripulantes, ribeirinhos ou habitantes da terra firme. Aliás, será que podemos falar em terra “firme” nesse cenário? Para discutir as mudanças e interações entre a atividade jornalística, seus impactos na democracia brasileira e a luta pelo fim das desigualdades, convidamos você para embarcar conosco em uma travessia pelos meandros da Comunicação.
O evento acontece de segunda a sábado e tem uma programação repleta de atividades: entre segunda e sexta, entre 16h e 19h, os inscritos serão recebidos em uma Feira Cultural e Gastronômica, com expositores de Porto Velho. Neste mesmo horário, apenas na terça, haverá o momento Memórias do Jornalismo Rondoniense. Em todos os dias, a partir das 19h, começam as mesas redondas com os seguintes assuntos:
Segunda: Interface entre jornalismo e meio ambiente
Terça: A importância do Jornalismo na defesa da democracia
Quarta: Jornalismo e desigualdade: acesso, produção e representação
Quinta: Rotinas produtivas e precarização do jornalismo/Premiação da logomarca do curso
Sexta: Produção audiovisual na Amazônia
Já no sábado, o CANOAR se encerra com oficinas práticas voltadas para os alunos de Jornalismo, buscando aprofundar conhecimentos úteis à profissão. Os conteúdos são variados:
Edição de vídeo;
Noções básicas de fotografia;
Radiojornalismo Esportivo;
Produção de conteúdo para redes sociais digitais;
Técnicas de entrevista.
Você não estará sozinho/a: embarcam conosco tripulantes de todo o país que nos ajudarão a conhecer, entender e vencer os desafios dessa viagem, que parte do contexto da Amazônia Rondoniense para desbravar o mundo. A pergunta permanece a mesma: e se formos além?
Informações gerais
Quando: 14 a 19 de novembro
Quanto: gratuito
Como se inscrever: a partir de 14 de outubro pelo site www.canoar.unir.br
Público-alvo: jornalistas, publicitários/as, estudantes de Jornalismo/Publicidade e Propaganda, professores, público geral
Realização: Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
Conheça a marca do evento
A sigla CANOAR, além de abreviar o nome do Colóquio, também faz referência à Canoa, simbolizando os deslocamentos, os trajetos, as trocas, as interações que são necessárias nos fenômenos da Comunicação e do Jornalismo. O professor Samilo Takara, membro da organização do evento, explica: “CANOAR é um neologismo que teria como referência o meio de transporte canoa e propõe uma dimensão de verbo para indicar uma ação. Assim, a ideia é que esse nome represente o movimento, a dinâmica de transporte e de conexões que são possíveis por meio da navegação e da Comunicação”.
A marca do evento foi criada pelo jornalista e designer Leony Lima, que buscou uma estética que remetesse à Amazônia, suas cores e texturas em diálogo com o design contemporâneo, sintetizando a proposta de navegar pelos rios e pelos sinais digitais e integrar-se consigo, com a sociedade e com a Comunicação.
Logomarca criada pelo jornalista e designer Leony Lima especialmente para o evento.
Segundo o criador, “Em alusão à sigla do evento, o desenho de uma canoa que navega pelas ondas das águas (e de sinais de wi-fi) em tons alaranjados se complementa ao verde da tipografia. Em detalhes rústicos, a inscrição “Canoar” emula o entalhe de madeiras e seu uso artesanal. O tom de verde escolhido, fechado, está diretamente ligado às árvores da região e sua importância no cenário atual”.